sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem

Atualmente, as redes sociais passam a fazer parte do dia a dia dos alunos e essa é uma realidade constante. Mais do que divertir, as redes podem se tornar ferramentas de interação importante para auxiliar o trabalho em sala de aula e na aprendizagem dos alunos, desde que seja bem utilizada.O professor deve ter o domínio dessas ferramentas ser o mediador, procurar meios para que seus alunos aprendam a estudar em grupos, compartilhar diversos materiais multimídia, promover discussões e trocas de experiências, aprender a pesquisar e usar os chats para trocas de mensagens sobre estudos, e tirar suas dúvidas. Usando assim, as novas tecnologias para contribuir para a sua aprendizagem. 

1. FACEBOOK 

Facilita o acesso de informações, muito usado pelos jovens podem ajudar a ampliar o contato do estudante com o saber para muito além do tempo de aula. 
No, entanto, a concorrência com a interação social e o acesso a todo tipo de conteúdo pode se converter em uma grande barreira. É comum que os alunos estudem em casa com o Facebook aberto e recorram uns aos a outros durante a realização das tarefas. Casos se sinta à vontade, o professor pode se valer disso para criar grupos de estudo ou de debate e tirar dúvidas dos alunos. As discussões online também podem ser contempladas no planejamento das atividades com o levantamento de conhecimentos prévios e das opiniões da turma antes das aulas. É possível ainda encorajar a classe a entrar em contato com especialistas de diferentes áreas do conhecimento por meio de seus perfis públicos na rede. 
O que você precisa saber o recurso facebook é valioso, com ele, você pode controlar quais postagens vão diretamente para seus alunos e os conteúdos pessoais a que eles não terão acesso. 
Cuidados ao usar são muitos. Primeiro, a idade mínima para ter um perfil no facebook é 13 anos. Segundo, é importante considerar que não é possível restringir a interação dos alunos apenas aos professores e colegas ou grupos criados exclusivamente para fins educativos. Por esse motivo, especialistas em tecnologia da Educação recomendam a utilização de ambientes colaborativos específicos para a Educação.
Ferramentas similares ThinkQuest (think-quest.org)  , Moodle, (moodle.org), Edmodo (edmodo.com) e Google Classroom (classroom.google.com). Todas elas são plataformas para o gerenciamento de aprendizagem. 

2. WHATSAPP

A agilidade na troca de mensagens pelo celular pode ajudar a levar discussões para fora da sala e para esclarecer dúvidas pontuais dos alunos. É possível também utilizar o serviço de compartilhar materiais durante pesquisas de campo ou atividades extraclasse.
O que você precisa saber é importante deixar claro quais são os objetivos das conversas e dos grupos criados. Cabe ao professor manter o foco e fazer a mediação das discussões.
Cuidados ao usar como o aplicativo só roda em smartphones, todos precisam ter acesso ao aparelho, o que nem sempre é a realidade. E, como as mensagens tendem a ser curtas, é melhor buscar outros meios para discussões complexas.
Ferramenta similar Kik (itunes.apple.com para celulares iOS e pla.google.com para aparelhos Android).  

3.SKYPE  

As chamadas em vídeo são úteis no estudo de Língua Estrangeira. Uma possibilidade do skype.com em todas as disciplinas são as videoconferências com especialistas das diferentes áreas. É possível ainda propor sua utilização para trabalhar o gênero entrevista.
O que você precisa saber para que a videoconfêrencia funcione, é conveniente preparar uma pauta com os temas da conversa divididos em tópicos para garantir que as trocas entre os alunos atendam aos objetivos pedagógicos.
Cuidados ao usar, o aluno deve ser protagonista das conversas a distância. Uma chamada em que só o professor fala fará com que a turma perca o interesse. A grande potência da ferramenta é permitir ao aluno desenvolver a oralidade. 
Ferramenta similares, Google Hangouts (google.com/hangouts)  

4. WORDPRESS 

A possibilidade de criar blogs com o wordpress.com coloca a linguagem em seu contexto real de uso, o que provoca a reflexão sobre a relevância do conteúdo produzido, seu leitor presumido e a qualidade final. Utilizado em contextos de produção individual ou coletiva, o blog desperta o sentimento de autoria. 
O que você precisa saber, como ferramenta é intuitiva, lançar um blog não exige conhecimento de informática. Mas, antes de pedir que a turma coloque uma página no ar, é importante fazer um planejamento: saber qual será a função do blog, que tipo de conteúdo será postado nele e quem serão os responsáveis pelas postagens, assim como regras de comportamento online. 
Cuidados ao usar, usar o blog apenas como repositório de fotos ou portfólio é  subaproveitar o instrumento. 
Ferramenta similar Blogger (blogger.com)  

5.WORD 

Em todos os segmentos de ensino, o uso dos editores de texto pode proporcionar ganhos significativos para aquisição e desenvolvimento das competências de escrita. Nas turmas de alfabetização, em que os alunos ainda estão aprendendo sobre o funcionamento do sistema, ao sublinhar em vermelho uma palavra grafada de maneira não convencional, o corretor ortográfico ajuda os alunos a se interrogar sobre a grafia correta. Com alunos mais vermelhos, é possível discutir problemas de pontuação e concordância indicados pela presença do grifo verde, e tornar o processo de edição e revisão mais eficiente. "Para o escritor, o uso das ferramentas de recortar e colar é a melhor invenção desde o lápis e a borracha", a mobilidade no manejo dos parágrafos deixa o escritor livre para experimentar. Também merece destaque a possibilidade de salvar versões do texto, para que os alunos comparem a evolução da escrita e percebam que sua construção envolve diversas etapas, do planejamento á revisão. Uma dica é guardar versões numerando-as. Também é útil a ferramenta de comentários, que sugere adequações sem intervenção direta no material (veja um tutorial em abr.ai/revisaoword). 
O que você precisa saber, vale ter familiaridade com as funções básicas do software, como habilitar e desabilitar o corretor ortográfico, salvar diferentes versões e fazer notas de revisão. Cuidados ao usar, há pouco sentido em pedir para os alunos atuarem como copistas ao digitar no computador um texto cuja produção foi inteiramente realizada no papel.
Ferramenta similares LibreOffice (pt-br.libreoffice.org) e Google Docs (google.com/docs).   

6. POWERPOINT 

Sucessora da cartolina e das transparências, a apresentação digital supera suas irmãs mais velhas nos quesitos interatividade e praticidade. É um recurso interessante para sistematizar os achados de uma pesquisa. 
O que você precisa saber, o fundamental é trabalhar o gênero expressão oral - ou seja, ensinar a fazer apresentações, como material de apoio a fala, os slides devem funcionar como um roteiro conceitual, contendo somente as ideias-chaves que serão desenvolvidas. A organização dos slides deve levar em conta a hierarquia das ideias e seus desdobramentos para a definição de um esquema de apresentação.
Cuidados ao usar, muitas vezes, as apresentações são marcadas pela enfadonha leitura de lâminas e mais lâminas sobrecarregadas de texto. "A escola parte do pressuposto de que o aluno já sabe fazer seminários, o que raramente é verdade"
Ferramentas similares Prezi (prezi.com) e SlideShare (pt.slidesshare.net).   

7. GEOGEBRA

Sua principal característica é permitir entender conceitos matemáticos de maneira dinâmica (geogebra.org). É possível explorar conteúdos da geometria, da álgebra, da estatística e da trigonometria de maneira mais ágil e intuitiva do que seria realizado com lápis e papel. Um bom exemplo é a propriedade da soma dos ângulos internos dos triângulos. A regra diz que o resultado dá sempre 180 graus. Para inferir essa característica com o uso dos materiais tradicionais, o aluno seria obrigado a construir diferentes triângulos para depois realizar os cálculos. Com o software, basta fazer figura e alterá-la de modo que seus ângulos internos se modifiquem. Com menos trabalho braçal, a turma experimenta mais chegar á conclusão.
O que você precisa saber, o bom aproveitamento da ferramenta passa pela capacidade de elaborar situações  desafiadoras. Para que isso aconteça, é importante conhecer as funções disponíveis e praticar bastante antes de propor atividades. A internet pode ser uma aliada para encontrar fóruns de discussões, e vídeos (como este: abr.ai/tutialgeogebra)
Cuidados ao usar, o software não deve ser visto apenas como sinônimo digital de instrumentos como a régua e o compasso. "Procedimentos de uso do Geogebra nem sempre são transferíveis para uma situação de uso de lápis e papel e vice-versa" afirma Saddo Ag Almouloud coordenador do programa de estudos Pós-Graduação em Matemática Da PUC-SP. Utilizar o programa apenas para construção de figuras geométricas,  por exemplo, é um uso que não estimula a reflexão, já que boa parte do processo é automatizado, inviabilizado erros com potencial enriquecedor.
Ferramentas similares Cabri (cabri.com) e Euklid (dynageo.de). 



FONTE: Revista nova escola, ano 30 n°280 Março 2015 :*